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quarta-feira, 6 de julho de 2016

Eu e o mundo da Lua




Sou do signo de Peixes e a despeito de tudo de bom e de ruim que falam do meu signo, acreditando ou não em horóscopo, só tem uma coisa que não posso negar, gosto de viver na ilusão.

Dizem que os piscianos vivem no mundo da lua  e que, perdidos em seus devaneios, são incapazes de viver com os pés na terra.

Comigo não funciona bem assim, eu me acho uma pessoa extremamente responsável, tanto que ascendi profissionalmente justamente pelo meu comprometimento e qualidade técnica do meu trabalho.

Contudo, quando passo muito tempo lidando com a realidade, com as obrigações do dia a dia, com a dureza do cotidiano vou me sentindo soterrada, presa, sufocada.

Utilizando-me de um personagem de Harry Potter, me sinto atacada por "dementadores" que aos poucos vão sugando a minha alegria.

É nesse momento que preciso voar, me desligar da realidade e embarcar em alguma viagem de fantasia, aventura, romance, seja através de um filme, de um livro ou através da minha atual preferência, de séries.

Minha mente, meu eu, precisa sonhar, precisa percorrer esses mundos de fantasia e deixar para trás toda a realidade do cotidiano.

Por algumas horas quero ser a Emma ou a Regina de Once Upon a Time e me admirar com a engenhosidade de Ruplestiltskin.

Quero ser James Cole, o viajante do tempo de 12 monkeys, ou ainda, Catherine Chandler de Beauty and the beast.

De outro modo, quero chorar de emoção com os irmãos Winchester e a sua noção de família acima de tudo. Quero correr como The Flash, torcer pelo casal Olicity de Arrow, ver como aquele Bruce Wayne chato de doer de Gotham vai virar o Batman.

Recentemente, duas séries acabaram mexeram muito comigo, por motivos completamente diferentes.

A primeira foi Person of Interest , (pode deixar que não vou dar spoillers), esta me emocionou pelo sentimento de perda de algo querido que eu vinha acompanhando há 5 anos.

John Reese já era meu parceiro e eu o admirava muito, assim como a retidão de caráter de Harold Finch, a loucura de Root e Shaw e porque não dizer as reclamações de Fusco.

Foi como dizer adeus a um amigo querido ao mesmo tempo em que pensava que o assunto da série não estava muito longe da realidade, conspirações e intrigas políticas em todos os escalões em teias que se espalham até a onde a vista não alcança estão nos jornais todos os dias.

A outra chama-se Penny Dreadful, essa foi especial, a princípio porque precisou passar pelo meu crivo dos três episódios para que ela me prendesse.

Confesso que nos dois primeiros não consegui entender muito bem a que ela tinha vindo, me parecia apenas mais uma série de terror, cuja proposta era misturar todos os personagens mais famosos desta mitologia com um romance como amálgama.

Me enganei, aos olhos de um incauto que vê séries de forma superficial e as analisa apenas pelo enredo principal ela é isso sim, mas para os meus olhos de psicóloga ela foi muito mais que isso.

Percebi muitos subtextos no roteiro, muitas formas de se abordar temas atuais tendo a Inglaterra vitoriana como pano de fundo.

Temas como a valorização do trabalho em detrimento da família, traição, trauma, loucura, exploração dos mais fracos, preconceitos de todos os tipos, contra a mulher, deficientes, doentes, praticantes de outras religiões.

O mais fascinante para mim foram as locações e a fidedignidade com que se mostrou a Londres no início da revolução industrial, a miséria de uns contrastando com a riqueza de outros, a sujeira, as doenças.

Pude ver retratado aquilo que só havia conhecido dos livros, quanto aos ditos "tratamentos" dados aos loucos, que mais se tratava de tortura praticada por médicos sádicos que se diziam cientistas.

Tudo isso envolto em uma esfera de misticismos, magia e monstros tais como vampiros e lobisomens.

Essa me tomou de súbito, pois como estava disponível no Netflix e tinha poucos episódios por temporada, assisti em poucos dias, fazendo uma espécie de imersão, o que me fez senti-la mais profundamente.

A terceira temporada não estava disponível no Netflix, busquei então assisti-la on-line,  qual não foi o meu choque (não só meu como de todos os fãs da série) que ao ver o último episódio da temporada dei de cara com um The End.

Como assim? Ninguém falara nada que esta seria a última temporada!

Fomos pegos de surpresa com um final inesperado, porém belo, profundo e intenso como foi toda a série.

Definitivamente Penny Dreadful me tocou, foi coerente, pois só poderia ter acabado daquela forma, mas é uma daquela séries que se você buscar por fidedignidade aos contos originais, vai odiar.

E que venham outras para eu continuar as minhas viagens de Gulliver.



segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A poderosa Isis em tempos de Jessica Jones


Após o meu post Minhas Séries (parte 1),  me surpreendi com o quanto a minha mente foi capaz de retroceder para lembrar daquela quantidade de séries, já perdidas no tempo.

Uma em especial chamou minha atenção, A Poderosa Isis, pois jamais havia mencionado, nada a respeito da série em questão.

Confesso que nunca mencionei a série antes por pura vergonha, esta série estava para mim, como Nacional Kid e Super-homem esteve para uma geração de meninos.

Tendo sido a primeira série que me lembro de ter acompanhado nos idos de 1978, ou seja, quando eu era uma Brizilldinha de 5 anos de idade, foi uma inovação para a época, visto que contava com uma mulher no papel de heroína e ainda com super-poderes (A série foi lançada nos EUA em 1975 e a A Mulher-Maravilha foi lançada posteriormente em 1976).

Senti vergonha de contar como eu fingia ser a heroína e queria voar, ter os poderes dos deuses para fazer chover, ventar, ter força. Cheguei a colocar um pano na cabeça, preso por uma fita, para imitar os longos cabelos de Isis.

Achando muito bonitinha a minha confissão, resolvi ir a internet ver se encontrava o original da série disponível para adquirir ou mesmo no youtube. Tendo conseguido adquirir toda a primeira temporada da série original em inglês sem legenda, não havendo cópias dubladas para venda.

Ao assistir os dois primeiros episódios é impossível não estranhar a estética da época, calças boca de sino, óculos com armações enormes, camisas com estampas psicodélicas à moda Agostinho Carrara (A grande família), o inglês correto de fácil entendimento.


Em tempos de Jessica Jones, outra heroína com poderes, em que a personagem possui seu próprio negócio, usa apenas jeans e casaco de couro, bebe Whisky como se fosse água e na Nova Iorque do século 21, assistir uma série como A Poderosa Isis é um testemunho sobre a evolução dos tempos, da tecnologia, da moda, dos costumes.

Os EUA viviam o pós guerra do Vietnã,  o auge da guerra fria, a corrida armamentista, um ano mais tarde a União Soviética invadiria o Afeganistão, dois anos depois o Iraque invadiria o Irã.

Não podemos deixar de relacionar o grande aparecimento de personagens heroicos nas séries americanas da época, na sequencia de Isis, tivemos Shazam, A Mulher Maravilha, O homem de 6 milhões de dólares, A mulher biônica, O Incrível Hulk, sem contar com os seriados policiais como S.W.A.T, As panteras, Kojak, Hawai 5-0, etc, com a situação geo-politica do país à época, mas isso são só conjecturas não vou me arvorar aqui a me aprofundar em tema tão complexo.

Hawaii 5.0As Panteras

Na verdade o que eu queria dizer com todo esse blá, blá, blá é que revendo essa série percebi o quanto éramos inocentes, como se vivia sem celular e outras traquitanas tecnológicas.

Bateu nostalgia sim, mas saudades, essa não, não gostaria em momento algum de voltar.

Não se pode negar os ganhos do progresso, podemos reconhecer o seu custo, para a sociedade, para o ecossistema, para a cultura, mas jamais desqualificar as conquistas.

Assistir essa série foi como entrar num museu, com a diferença que aquele museu um dia foi a minha casa, a minha escola, o meu bairro, o meu pais, o meu mundo.

Deixo vocês com esse pensamento:

Será que em alguma outra época da história se viveu uma evolução na ciência e na tecnologia tão grande, em apenas 30 anos, a ponto de termos esse sentimento de que todo o nosso passado é obsoleto?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Minhas Séries (parte 2)




Onde paramos? Ah, sim! Havia eu chegado ao crack das séries e resolvi que tinha que tomar uma atitude!

Claro que isso nada teve a ver com o fato de eu estar, naquela época, quase louca fazendo vestibular e frequentando mil aulas extras e simulados.

O fato de passar pra faculdade e ter que me adaptar a nova rotina de estudos, estágios, chopp com os colegas, encontros estudantis, palestras, seminários, cursos também não teve nada com isso, a minha força de vontade é que me fez superar (kkkk).

É óbvio que o novo ambiente acadêmico teve tudo a ver com essa mudança de atitude, nesse meio queremos parecer "cult", antenados, cheios de cultura geral.

No meu curso estar "IN" era ler filosofia e sociologia,  ver filme francês, dinamarquês, alemão, iraniano, americano só se não fosse blockbuster (todos assistíamos os blockbusters mas ninguém falava sobre isso abertamente kkk).

Então vocês me perguntam e a recaída quando veio, como, por que?

Foi quando eu me casei e virei mãe, calma, gente, calma, não foi depressão pós-parto nem nada disso.

Deixei de trabalhar durante um tempo para poder me dedicar a maternidade e aproveitar aquele período com a minha filha e foi aí que o vício foi sendo retomado aos poucos, quase que na mesma sequência de quando eu mesma era criança.

Comecei com os desenhos animados que via junto com ela, daí quando ela dormia a tarde ou a noite mesmo, as novelas, chegando as "sitcoms" americanas que na época passavam no SBT (eu não tinha tv a cabo) tais como: My Wife and Kids (batizada por Silvio Santos como Eu, a patroa e as crianças) e The Fresh Prince of Bel-air (Um maluco no pedaço - estreia de Will Smith como ator) e foi ainda no SBT que tomei contato com a primeira série, esta que foi o primeiro gole do alcoólatra: Smallville - carinhosamente batizada de Pequenópolis as aventuras do Superboy pelo querido Senor Abravanel.

O tempo foi passando e com o advento da tv a cabo em minha residência nada mais foi o mesmo a partir de Smallville, veio As aventuras de Hércules e seu spinoff Xena a princesa guerreira ( é meu povo já comecei pegando pesado, como toda a recaída que se presa).

Um belo dia, zapeando com o controle remoto (coisa viciante por sinal) peguei já começado um episódio de uma série em que dois rapazes estavam procurando o pai desaparecido e tinham tido a mãe brutalmente assassinada por um demônio de olhos amarelos.

Pronto! Esse foi o dia em que se estabeleceu o  meu mais longo vício em uma série: SUPERNATURAL! AMOOO!!!!

Cabe aqui um parenteses.

Não gosto de qualquer série, como disse no meu texto anterior, essa é a minha fuga da realidade.

Para que ela tenha essa funcionalidade para mim, realidade é a última coisa que ela deve ter, não que eu não veja uma série policial de vez em quando, até rola, mas não pode ser muito violenta, estou fugindo da realidade não quero dar de cara com ela no meu lazer.

Feito esse parênteses, uma coisa foi puxando a outra, e como eu continuava sem trabalhar, nos momentos em que as séries que eu estava acompanhando estavam em férias ia assistindo a outras que me chamavam a atenção, essas foram: Medium, Ghostwisperer, Moonlight, Alias, Charmed, Friends, Angel, JAG, Crossing Jordan, Gilmore Girls, Highlander, The Dead Zone.

Nessa época o vício ainda estava um pouco controlado, pois eu dependia da tv a cabo e dos horários em que os episódios passavam.

Veio, contudo, o famoso decoder que gravava, foi o início do fim.

Podia deixar gravando enquanto fazia outras coisas e assistir depois com calma e de preferencia tudo de uma vez só. Nessa onda vieram Lost, House, Fringe, entre outras.

O golpe final veio com a internet e agora mais recentemente o Netflix.

Ao contrário do que levei a crer, já voltei ao mercado de trabalho há 10 anos, nesse tempo venho mantendo o meu vício restrito aos finais de semana, quando, graças a possibilidade de juntar todos os episódios para assistir de uma vez, faço as minhas maratonas.

Atualmente acompanho 30 séries, não ao mesmo tempo lógico, montei um calendário em que assisto algumas que estão passando agora, enquanto outras estão em hiato, como dizem os tão viciados quanto eu, desta forma sempre tenho o que assistir.

Feita essa introdução que, acredito, me qualifica como uma entendida no assunto (não chego a uma autoridade, mas dou minhas cacetadas) digo que aquele que gostar de séries vai ter nos meus posts opiniões, dicas e recomendações a respeito.

Fiquem ligados. Beijus!


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Minhas Séries (Parte 1)


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Colocando em prática a minha decisão de ano novo, vamos ao primeiro post no novo modelo.

Sou aficionada por séries de tv, pelo menos é a moda do momento.

Já fui ávida leitora de livros policiais, já tendo lido mais de 70 títulos da "Rainha do Crime" - Agatha Christie, alguns do Sir Arthur Conan Doyle e uns poucos do Sidney Sheldon.

Já fui frequentadora assídua de salas de cinema e locadoras de vídeo, e tinha como habito ir ao cinema e assistir dois filmes em sequência e nos feriadões pegar pacotes de 5 ou 6 filmes na locadora para fazer uma maratona.

Sendo as séries de tv o meu mais novo vício, o meu consumo pelo gênero é típico de um adicto, no momento estou acompanhando 30 séries diferentes e mesmo assim por incrível que pareça, há momentos em que não tenho nenhuma série para ver.

Como alguém se vicia em séries? Não posso falar por todos, mas posso dar o meu depoimento, tal como se estivesse no AA, ou nesse caso APSA - Adictos Por Séries Anônimos.

Olá, meu nome é Brizillda e eu sou Adicta por Séries.

Sou do signo de Peixes e os filhos de Netuno tem uma forte necessidade de escapar da realidade o que os tornam bastante propensos a vícios em geral.

Uns bebem, outros fumam ou usam drogas ilícitas, eu assisto séries, essa é a minha fuga da realidade.

Acho que tudo começou quando eu era pequena, vinda de uma família pobre e suburbana,minha mãe não tinha tempo entre os afazeres domésticos para ficar tomando conta de mim e me colocava pra ver televisão, quem quiser saber um pouco mais sobre essa história leia o post: Os Filmes e Programas que marcaram Minha Vida. - http://brizillda.blogspot.com.br/2012/03/os-filmes-e-programas-que-marcaram.html

Como todo viciado, comecei com coisas leves: programas infantis e desenhos animados.

Aos 8 anos passei pra coisas um pouco mais fortes como novelas do vale a pena ver de novo e séries de comédia de fim de tarde tais como: as famosas reprises de Jeanne é um Gênio, a Feiticeira, Túnel do Tempo, Terra de Gigantes, Perdidos no Espaço, Agente 86 e a Ilha da Fantasia, passando depois para: O primo cruzado, Super Vicky (a garotinha robô), Caras e Caretas (a estreia de Michael J. Fox na tv), Super Gatas.
Primo Cruzado e Túnel do Tempo
O Túnel do Tempo


Daí para as primeiras séries de tv foi um pulo comecei com as inspiradas em HQ's: Zorro, Mulher Maravilha, O incrível Hulk, O Homem Aranha evoluindo para O Homem de 6 milhões de dólares, A Mulher Biônica, O homem do Fundo do Mar. Assisti também a Shazam e a obscura Poderosa Isis - Se não lembram ou não conhecem acessem o Site; http://www.memorychips.com.br/

Conforme o vício vai ficando mais forte, mais pesado vai ficando muitas vezes assisti a coisas toscas como o Elo Perdido e o tradicional Batman com Adam West, outras japonesas por pura síndrome de abstinência dentre elas estão: Ultraman e Spectreman.

O Elo Perdido e Ultraman
Ultraman

Já na pré-adolescência descobri o gênero policial e assisti a séries como Chips, Magnum, MacGyver, a Super Máquina e Esquadrão classe A, mas permaneci com as séries de comédia como a Gata e o Rato (estreia de Bruce Willis na tv) e o Super Heroi Americano, Algumas dessas séries já antigas compradas pelo SBT.

O Super Herói Americano
Cenas do Seriado

Após um período de fundo do poço em que assisti Barrados no Baile, Melrose Place, Alf o ETeimoso, Lois e Clark - As Aventuras do Superman e ( não me julguem, por favor) Cavaleiros do Zodiáco.

Resolvi parar estava demais, busquei nos livros e no cinema minha cura.

Quando recai? Bem isso fica para o próximo post. Até lá!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O que 2016 me reserva?



Sou de Peixes, e como todo a pisciana que se preze tenho um lado exotérico/místico aflorado.

Não chego a ser aquela louca do incenso, nem aquela que não sai sem ler o horóscopo, mas tenho cá as minhas crenças e minha fé em que exista alguma energia maior.

Dito isso, não por superstição mas simplesmente por uma necessidade de mudança que me acomete nessa época do ano, resolvi deixar a vida me levar.

Não fiz planos antecipados para o fim de ano, como de costume, resolvi ver o que pintava e, se por acaso, não pintasse nada, ficaria de boa em casa num churrasco improvisado, vendo os fogos pela tv e arremataria com um bom filme no Netflix.

Eis que uma semana antes das festas, mais precisamente na véspera de Natal recebemos um convite de um amigo, muito querido, mas também muito ocupado, para passar o Réveillon na casa dele em Copacabana.

Ficamos muito felizes e surpresos com o convite, visto que trata-se de um jornalista renomado e cheio de compromissos.

Tendo aceito o convite, me dei conta de que, já que iria passar aquela noite em uma festa com amigos, precisaria dar uma passadinha no salão.

Deixei para fazê-lo no dia 31 e só no momento que sentei na cadeira do salão decidi por mudar radicalmente o visual, fiz um corte ousado, curto e clareei ainda mais os cabelos.

Ousei também nas unhas, optando por uma cor de esmalte que nunca usara antes e que foi motivo de muita zoação lá em casa, pois quando peguei uma garrafa de coca-cola todos viram que era a cor do rótulo. 

Será que sou tão viciada assim que inconscientemente escolhi o vermelho coca-cola para as unhas, o que vocês acham?



Outra novidade é que ao invés de ir pra cozinha como todos os anos, desta vez encomendei o que ia levar para a ceia, resolvi guardar as energias para a festa.

Da festa na casa do amigo, pouco antes da meia-noite caminhamos com a multidão até a praia e vimos a queima de fogos.

Que energia, que coisa bonita e empolgante!

Tenho uma confissão a fazer, nunca me propus a ir a praia ver os fogos antes, pois achava que as pessoas supervalorizavam o evento, que era muito sacrificante encarar transporte público, ficar no meio da aglomeração para assistir a alguns poucos minutos de um show pirotécnico.

Eu sei que tem os palcos com os shows de artistas famosos, mas isso definitivamente não faz a minha cabeça, além do mais tem o cansaço e a má acomodação, além de tudo faltam banheiros, por mais banheiros químicos que haja, nunca é suficiente.

Tendo alguém que more perto e que proporcione algum conforto e que permita a saída de casa apenas para ver os fogos, aí é outra história. 

Moral da história o que eu quero dizer com isso tudo?

Tirei algumas lições dessa experiência, a primeira e mais óbvia é: não julgue um evento sem antes ter ido pelo menos uma vez, você pode ter uma grata surpresa.

Acima de tudo, o que mais aprendi com esse fim de ano foi a não tentar controlar e programar tanto as coisas, quando nos deixamos levar abrimos espaço para que as coisas boas cheguem até nós.

Também não pensei muito para mudar o visual, dei espaço para a impetuosidade na minha vida.

E assim comecei 2016, fazendo algo pela primeira vez na vida, ousando, arriscando, abrindo espaço para o novo, curtindo o momento...

Vou buscar trazer para o Blog, nesse ano que começa, essa vibração e pretendo inovar, continuar a falar dos meus sentimentos, das minhas nostalgias e visões de mundo,sim, mas também falar de séries, de filmes, restaurantes, lugares pra se visitar, sem a pretensão de ser critica de arte, turismo ou gastronômica, longe de mim tal pretensão, mas partilhando as minhas experiências e sensações com aqueles que estiverem interessados, sem polêmicas.

Feliz 2016!


terça-feira, 24 de novembro de 2015



Exercitando o se olhar e o se ver...





   Já faz algum tempo que eu faço terapia, não me lembro se já comentei isso aqui ante, mas é sempre bom relembrar.

   Foram 4 anos de psicoterapia individual e desde agosto passei a fazer parte de um grupo terapêutico.

    A despeito do meu preconceito inicial com terapia de grupo, resolvi sair da minha zona de conforto e me atirar nesse universo desconhecido.

   Confesso que no início achei tudo muito leve, ficar fazendo aqueles exercícios, parecia coisa de faculdade e achei que ia permanecer dessa forma, fiquei me lembrando daqueles trabalhinhos de escola que envolviam colagens, desenhos e tal e coisa.

   Acontece que a terapia de grupo envolve outras habilidades, é um exercício de se olhar e de ser olhado, é se expor, é tentar não julgar, é ter empatia.

   A dor alheia muitas vezes te apanha, te colhe, te traga, pois você descobre que muitas delas também são as suas.

   O que mais tem me surpreendido é a diferença entre o meu olhar sobre mim mesma e o olhar dos outros, será que eu tenho uma ideia equivocada de mim mesma?

   Será que estou presa a referenciais que já não mais existem? Será que ainda me vejo uma pessoa que não sou mais?

   As pessoas me veem alegre, expansiva, animada, simpática...

   Não que eu seja antipática, eu só não vejo motivos para não tratar bem as pessoas, afinal elas nada me fizeram e não têm culpa se eu porventura estiver num mau dia.

   Todos custam a acreditar que eu me veja como uma pessoa tensa, nervosa, preocupada, que me incomode quando alguém diz que eu falo muito ou que eu sei tudo.

   A verdade é que eu desde criança sempre me senti e sempre me vi como uma pessoa muito triste, tinha meus fantasmas, mas eles eram só meus, eu não gostava e nem queria que ninguém os visse, sempre tive horror a ser motivo de pena. Ninguém gosta de um coitadinho, as pessoas até se solidarizam no inicio, mas depois acabam se afastando.

   Foi então que eu descobri o humor, descobri que poderia facilmente encobrir esses sentimentos com piadinhas e brincadeiras, assim me tornei simpática, pois quem não gosta de uma pessoa bem humorada? Vesti a máscara do palhaço, aquele que chora enquanto está fazendo o público rir.


   Faz tanto tempo que vivo essa vida, que hoje tenho a impressão que a mascara colou no meu rosto e nem eu sei mais se isso continua sendo uma defesa ou se já faz parte de quem eu sou.

   Continuo sem conseguir ver essa pessoa alegre que todos veem, no meu intimo ainda me sinto triste, uma tristeza sem forma, sem porque, ela simplesmente é.

   Confesso que houve uma época da minha vida que achei que já tinha resolvido essa questão, estava começando a me ver como uma pessoa feliz e alegre.

   Até que um dia, assistindo a uma palestra o orador perguntou quem ali era feliz, e eu respondi prontamente: " Eu sou feliz!"

   Uau! Parece que o universo achou que aquela afirmação tinha sido uma arrogância da minha parte, porque alguns meses depois todo o meu castelo de cartas ruiu, tudo aquilo em que eu havia me apoiado para afirmar tal coisa, mostrou-se bem diferente do que eu acreditava, foi um baque.

   Não sei se é trauma, se é rancor, se é melancolia, honestamente não sei, mas algo se quebrou dentro de mim. Senti como se eu estivesse pagando pela ousadia de ter dito aquilo, deixei de me sentir merecedora de uma felicidade plena.

   Hoje essa sombra me persegue, é um fantasma que me assombra, por melhor que a minha vida possa parecer, por mais que eu consiga realizar meus sonhos e desejos, não mais consigo sorrir sem uma ponta de tristeza. Não mais consigo fruir de uma felicidade, pois tenho receio do que virá depois.

Citando uma série que gosto muito - toda magia tem um preço! 

Tomar consciência disso talvez faça parte do meu processo de autoconhecimento e quem sabe no futuro isso possa ser desconstruído. Só sei que por enquanto o show deve continuar!

Deixo para reflexão uma música que traduz esse meu sentimento. 

"Quando eu fui ferido, ví tudo mudar 
das verdades que eu sabia 
só sobraram restos, e eu não esqueci 
toda aquela paz que eu tinha 
Eu que tinha tudo, hoje estou mudo 
estou mudado 
À meia-noite, à meia-luz pensando 
Daria tudo por um modo de esquecer 
Eu queria tanto estar no escuro do meu quarto, 
à meia-noite, à meia-luz sonhando, 
Daria tudo por meu mundo e nada mais. 

Não estou bem certo 
se ainda vou sorrir 
sem um travo de amargura 
Como ser mais livre, 
como ser capaz 
de enxergar um novo dia."

Meu mundo e nada mais - Guilherme Arantes


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Ai, que saudade de você!

Blogginho meu, que saudades de vc!!!




   Estava te olhando e me dei conta do quanto de abandonei, eu, justo eu, aquela que no último post falou que as pessoas tinham que arrumar tempo umas para as outras...

   Sendo muito verdadeira com você estava me achando um pouco chata, só reclamando da vida e coisa e tal, então prometi pra mim mesma que só voltaria aqui quando tivesse uma coisa boa pra falar.

   Só que muitas coisas boas aconteceram e eu não voltei, agora entendo porque dizem que nós seres humanos só nos ocupamos das coisas ruins, é só a elas que damos valor, quando as coisas boas acontecem não sabemos dar o devido reconhecimento e guardar na canastrinha (citação a Emília do Sítio do Pica-Pau Amarelo).

   Vamos então elencar as coisas boas do ano, já que estamos em novembro.

   Em abril fui promovida a chefe no meu trabalho, é verdade que foi tudo muito de surpresa e que as coisas não aconteceram do jeito que eu esperava, mas isso não diminui a importância do acontecimento.

   Em maio foi aniversário na minha filha maravilhosa, quinze anos! Data emblemática, ela não quis grandes festejos, mas chamou os coleguinhas da escola para um churrasco lá em casa, fiquei muito feliz em vê-la feliz. Foi um dia maravilhoso!

  



   Agosto, 18 anos da minha enteada maravilhosa Mary, menina ótima que está ralando muito pra passar no ENEM, imagina uma com 18 e a outra com 15? Também recebemos os amigos dela para um churrasco, outro dia maravilhoso!


   Outubro, bem outubro teve muito trabalho, feriadão, mais trabalho, recebi amigos, visitei família, perdi minha avó paterna, mas não senti porque não a via há 10 anos.

   E novembro está ai, começou com um feriadão ótimo, vai vir mais um, porque estou merecendo , ando trabalhando horrores!!!

   Amanhã eu volto, tenho detalhes pra contar pra você deste período, o que fiz hoje foi só dar uma panorama geral, quero voltar a vir aqui sempre meu blogginho você me faz muito bem.