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domingo, 16 de outubro de 2011

Carol esse é para você!

    Sabem, adoro pessoas sinceras!

   Talvez porque eu mesma seja uma delas, normalmente, se eu não tenho nada de bom para falar de alguém, ou para alguém, eu prefiro me calar do que contar uma mentira caridosa.

  Daquelas tipo dizer que o filho orelhudo da sua colega de trabalho é lindinho, por exemplo, não conto nem a pau!

   Acontece que tenho uma amiga que consegue ser mais sincera do que eu.

    Chego a ter um pouco de inveja, pois eu gostaria de ser tão franca, ainda não cheguei no estágio de dizer para aquela colega de trabalho, que tem o filho orelhudo, que o menino parece o primo do dumbo, mas a minha amiga tem!

    Quase chorei de emoção quando ela me relatou que, foi procurada por uma colega que queria desabafar sobre um novo relacionamento.

   Acontece que o cara era casado e ela estava profundamente envolvida, apaixonada mesmo, e repetia, de forma bastante crédula, todo aquele clichê de que ele não tinha mais nada com a mulher, que o relacionamento estava falido e todo aquele blá, blá, blá...

    Transcrevo agora o diálogo com a minha amiga, que terminou por me emocionar tanto:

    "... então ela me perguntou se eu achava que ele estava falando a verdade, se ela deveria acreditar"

    eu então perguntei: "e o que você disse?" ela me respondeu "eu disse, é lógico que não! Será que você não vê que isso é o que todo homem diz pra tudo o que é mulher que ele quer levar pra cama!

   Ele vai continuar dizendo isso pra você enquanto ele quiser te comer!" Eu disse: "Jura!

   Não acredito que você disse isso! Você é minha idola!", mas o mais legal foi o que ela disse depois sem a menor cerimônia:

   "...bom, depois desse dia ela sumiu, não me ligou mais, nem veio mais aqui em casa, acho que ela queria que eu mentisse pra ela, procurou a pessoa errada!"

    Eu adorei! Queria ter esse grau de independência e desprendimento, esse compromisso com a própria opinião. Gosto também da forma com que ela lida com o fato de ter uma opção sexual diferente da minha, acho que da forma como todo mundo deveria, de uma forma muito ok.

   Vejam, ok no meu sentido de ver as coisas, partilhamos a mesma estranheza com relação a natureza humana e as mesma curiosidades, ela com relação ao meu mundo e eu em relação ao dela.

    Descobrimos que seja numa relação hétero ou gay, as questões são as mesmas, temos as mesmas brigas por ciúmes, pelo outro fazer bagunça na cozinha que acabamos de arrumar ou por deixar a toalha molhada em cima da cama.

   Ambas as vezes sentimos vontade de sair correndo e deixar o outro falando sozinho em meio a uma briga, mas o que me fez ser eternamente grata a ela foi o fato de, finalmente, me esclarecer uma das minhas maiores curiosidades... a TPM!

    Difícil de ser adquirida por mera observação, pois envolve um grau de intimidade superior ao que uma amizade concede, a informação de como um casal de mulheres lida com a TPM, era uma das minhas maiores curiosidades e foi numa conversa com essa minha amiga que o assunto veio a baila.

    Eu não me lembro exatamente sobre o que falávamos, só sei que eu disse algo como: "... acho que um casal de mulheres funciona melhor porque somos mais companheiras..." e eis que ela me responde: "...não é tão mais calmo assim não e a TPM?"

  " Imagine o drama, mulher quando se junta tende a menstruar na mesma ocasião, o problema é que ela tem vários tipos de reação a TPM, tem épocas que ela fica estressada, outras sensível e chorona, outras histérica, sendo que eu quase nunca tenho TPM, mas quando tenho eu fico super grossa. Agora pro meu azar quando calha de eu estar grossa é quando ela está sensível, ou seja, ferrou!!!"

    O mais legal disso tudo eu não disse, essa amiga me liga muito pouco, pois fica dizendo que não quer ficar ligando sem ter o que falar ou pra falar bobagem, mas vou dizer uma coisa: pra quem não tinha o que dizer ela me disse muito, foi uma das conversar mais engraçadas e leves que eu já tive com uma amiga nos últimos tempos.

   Em tempos nos quais as pessoas normalmente só nos procuram pra contar problemas, chorar as mágoas ou reclamar da vida, um papo assim me lembra os tempos de adolescência, quando as amigas se ligavam pra falar besteira e isso era muito legal.

    Bem, como eu havia prometido, essa veio para o blog! Demorei mas postei! Essa foi pra você Carol! Valeu!