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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A poderosa Isis em tempos de Jessica Jones


Após o meu post Minhas Séries (parte 1),  me surpreendi com o quanto a minha mente foi capaz de retroceder para lembrar daquela quantidade de séries, já perdidas no tempo.

Uma em especial chamou minha atenção, A Poderosa Isis, pois jamais havia mencionado, nada a respeito da série em questão.

Confesso que nunca mencionei a série antes por pura vergonha, esta série estava para mim, como Nacional Kid e Super-homem esteve para uma geração de meninos.

Tendo sido a primeira série que me lembro de ter acompanhado nos idos de 1978, ou seja, quando eu era uma Brizilldinha de 5 anos de idade, foi uma inovação para a época, visto que contava com uma mulher no papel de heroína e ainda com super-poderes (A série foi lançada nos EUA em 1975 e a A Mulher-Maravilha foi lançada posteriormente em 1976).

Senti vergonha de contar como eu fingia ser a heroína e queria voar, ter os poderes dos deuses para fazer chover, ventar, ter força. Cheguei a colocar um pano na cabeça, preso por uma fita, para imitar os longos cabelos de Isis.

Achando muito bonitinha a minha confissão, resolvi ir a internet ver se encontrava o original da série disponível para adquirir ou mesmo no youtube. Tendo conseguido adquirir toda a primeira temporada da série original em inglês sem legenda, não havendo cópias dubladas para venda.

Ao assistir os dois primeiros episódios é impossível não estranhar a estética da época, calças boca de sino, óculos com armações enormes, camisas com estampas psicodélicas à moda Agostinho Carrara (A grande família), o inglês correto de fácil entendimento.


Em tempos de Jessica Jones, outra heroína com poderes, em que a personagem possui seu próprio negócio, usa apenas jeans e casaco de couro, bebe Whisky como se fosse água e na Nova Iorque do século 21, assistir uma série como A Poderosa Isis é um testemunho sobre a evolução dos tempos, da tecnologia, da moda, dos costumes.

Os EUA viviam o pós guerra do Vietnã,  o auge da guerra fria, a corrida armamentista, um ano mais tarde a União Soviética invadiria o Afeganistão, dois anos depois o Iraque invadiria o Irã.

Não podemos deixar de relacionar o grande aparecimento de personagens heroicos nas séries americanas da época, na sequencia de Isis, tivemos Shazam, A Mulher Maravilha, O homem de 6 milhões de dólares, A mulher biônica, O Incrível Hulk, sem contar com os seriados policiais como S.W.A.T, As panteras, Kojak, Hawai 5-0, etc, com a situação geo-politica do país à época, mas isso são só conjecturas não vou me arvorar aqui a me aprofundar em tema tão complexo.

Hawaii 5.0As Panteras

Na verdade o que eu queria dizer com todo esse blá, blá, blá é que revendo essa série percebi o quanto éramos inocentes, como se vivia sem celular e outras traquitanas tecnológicas.

Bateu nostalgia sim, mas saudades, essa não, não gostaria em momento algum de voltar.

Não se pode negar os ganhos do progresso, podemos reconhecer o seu custo, para a sociedade, para o ecossistema, para a cultura, mas jamais desqualificar as conquistas.

Assistir essa série foi como entrar num museu, com a diferença que aquele museu um dia foi a minha casa, a minha escola, o meu bairro, o meu pais, o meu mundo.

Deixo vocês com esse pensamento:

Será que em alguma outra época da história se viveu uma evolução na ciência e na tecnologia tão grande, em apenas 30 anos, a ponto de termos esse sentimento de que todo o nosso passado é obsoleto?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Minhas Séries (parte 2)




Onde paramos? Ah, sim! Havia eu chegado ao crack das séries e resolvi que tinha que tomar uma atitude!

Claro que isso nada teve a ver com o fato de eu estar, naquela época, quase louca fazendo vestibular e frequentando mil aulas extras e simulados.

O fato de passar pra faculdade e ter que me adaptar a nova rotina de estudos, estágios, chopp com os colegas, encontros estudantis, palestras, seminários, cursos também não teve nada com isso, a minha força de vontade é que me fez superar (kkkk).

É óbvio que o novo ambiente acadêmico teve tudo a ver com essa mudança de atitude, nesse meio queremos parecer "cult", antenados, cheios de cultura geral.

No meu curso estar "IN" era ler filosofia e sociologia,  ver filme francês, dinamarquês, alemão, iraniano, americano só se não fosse blockbuster (todos assistíamos os blockbusters mas ninguém falava sobre isso abertamente kkk).

Então vocês me perguntam e a recaída quando veio, como, por que?

Foi quando eu me casei e virei mãe, calma, gente, calma, não foi depressão pós-parto nem nada disso.

Deixei de trabalhar durante um tempo para poder me dedicar a maternidade e aproveitar aquele período com a minha filha e foi aí que o vício foi sendo retomado aos poucos, quase que na mesma sequência de quando eu mesma era criança.

Comecei com os desenhos animados que via junto com ela, daí quando ela dormia a tarde ou a noite mesmo, as novelas, chegando as "sitcoms" americanas que na época passavam no SBT (eu não tinha tv a cabo) tais como: My Wife and Kids (batizada por Silvio Santos como Eu, a patroa e as crianças) e The Fresh Prince of Bel-air (Um maluco no pedaço - estreia de Will Smith como ator) e foi ainda no SBT que tomei contato com a primeira série, esta que foi o primeiro gole do alcoólatra: Smallville - carinhosamente batizada de Pequenópolis as aventuras do Superboy pelo querido Senor Abravanel.

O tempo foi passando e com o advento da tv a cabo em minha residência nada mais foi o mesmo a partir de Smallville, veio As aventuras de Hércules e seu spinoff Xena a princesa guerreira ( é meu povo já comecei pegando pesado, como toda a recaída que se presa).

Um belo dia, zapeando com o controle remoto (coisa viciante por sinal) peguei já começado um episódio de uma série em que dois rapazes estavam procurando o pai desaparecido e tinham tido a mãe brutalmente assassinada por um demônio de olhos amarelos.

Pronto! Esse foi o dia em que se estabeleceu o  meu mais longo vício em uma série: SUPERNATURAL! AMOOO!!!!

Cabe aqui um parenteses.

Não gosto de qualquer série, como disse no meu texto anterior, essa é a minha fuga da realidade.

Para que ela tenha essa funcionalidade para mim, realidade é a última coisa que ela deve ter, não que eu não veja uma série policial de vez em quando, até rola, mas não pode ser muito violenta, estou fugindo da realidade não quero dar de cara com ela no meu lazer.

Feito esse parênteses, uma coisa foi puxando a outra, e como eu continuava sem trabalhar, nos momentos em que as séries que eu estava acompanhando estavam em férias ia assistindo a outras que me chamavam a atenção, essas foram: Medium, Ghostwisperer, Moonlight, Alias, Charmed, Friends, Angel, JAG, Crossing Jordan, Gilmore Girls, Highlander, The Dead Zone.

Nessa época o vício ainda estava um pouco controlado, pois eu dependia da tv a cabo e dos horários em que os episódios passavam.

Veio, contudo, o famoso decoder que gravava, foi o início do fim.

Podia deixar gravando enquanto fazia outras coisas e assistir depois com calma e de preferencia tudo de uma vez só. Nessa onda vieram Lost, House, Fringe, entre outras.

O golpe final veio com a internet e agora mais recentemente o Netflix.

Ao contrário do que levei a crer, já voltei ao mercado de trabalho há 10 anos, nesse tempo venho mantendo o meu vício restrito aos finais de semana, quando, graças a possibilidade de juntar todos os episódios para assistir de uma vez, faço as minhas maratonas.

Atualmente acompanho 30 séries, não ao mesmo tempo lógico, montei um calendário em que assisto algumas que estão passando agora, enquanto outras estão em hiato, como dizem os tão viciados quanto eu, desta forma sempre tenho o que assistir.

Feita essa introdução que, acredito, me qualifica como uma entendida no assunto (não chego a uma autoridade, mas dou minhas cacetadas) digo que aquele que gostar de séries vai ter nos meus posts opiniões, dicas e recomendações a respeito.

Fiquem ligados. Beijus!


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Minhas Séries (Parte 1)


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Colocando em prática a minha decisão de ano novo, vamos ao primeiro post no novo modelo.

Sou aficionada por séries de tv, pelo menos é a moda do momento.

Já fui ávida leitora de livros policiais, já tendo lido mais de 70 títulos da "Rainha do Crime" - Agatha Christie, alguns do Sir Arthur Conan Doyle e uns poucos do Sidney Sheldon.

Já fui frequentadora assídua de salas de cinema e locadoras de vídeo, e tinha como habito ir ao cinema e assistir dois filmes em sequência e nos feriadões pegar pacotes de 5 ou 6 filmes na locadora para fazer uma maratona.

Sendo as séries de tv o meu mais novo vício, o meu consumo pelo gênero é típico de um adicto, no momento estou acompanhando 30 séries diferentes e mesmo assim por incrível que pareça, há momentos em que não tenho nenhuma série para ver.

Como alguém se vicia em séries? Não posso falar por todos, mas posso dar o meu depoimento, tal como se estivesse no AA, ou nesse caso APSA - Adictos Por Séries Anônimos.

Olá, meu nome é Brizillda e eu sou Adicta por Séries.

Sou do signo de Peixes e os filhos de Netuno tem uma forte necessidade de escapar da realidade o que os tornam bastante propensos a vícios em geral.

Uns bebem, outros fumam ou usam drogas ilícitas, eu assisto séries, essa é a minha fuga da realidade.

Acho que tudo começou quando eu era pequena, vinda de uma família pobre e suburbana,minha mãe não tinha tempo entre os afazeres domésticos para ficar tomando conta de mim e me colocava pra ver televisão, quem quiser saber um pouco mais sobre essa história leia o post: Os Filmes e Programas que marcaram Minha Vida. - http://brizillda.blogspot.com.br/2012/03/os-filmes-e-programas-que-marcaram.html

Como todo viciado, comecei com coisas leves: programas infantis e desenhos animados.

Aos 8 anos passei pra coisas um pouco mais fortes como novelas do vale a pena ver de novo e séries de comédia de fim de tarde tais como: as famosas reprises de Jeanne é um Gênio, a Feiticeira, Túnel do Tempo, Terra de Gigantes, Perdidos no Espaço, Agente 86 e a Ilha da Fantasia, passando depois para: O primo cruzado, Super Vicky (a garotinha robô), Caras e Caretas (a estreia de Michael J. Fox na tv), Super Gatas.
Primo Cruzado e Túnel do Tempo
O Túnel do Tempo


Daí para as primeiras séries de tv foi um pulo comecei com as inspiradas em HQ's: Zorro, Mulher Maravilha, O incrível Hulk, O Homem Aranha evoluindo para O Homem de 6 milhões de dólares, A Mulher Biônica, O homem do Fundo do Mar. Assisti também a Shazam e a obscura Poderosa Isis - Se não lembram ou não conhecem acessem o Site; http://www.memorychips.com.br/

Conforme o vício vai ficando mais forte, mais pesado vai ficando muitas vezes assisti a coisas toscas como o Elo Perdido e o tradicional Batman com Adam West, outras japonesas por pura síndrome de abstinência dentre elas estão: Ultraman e Spectreman.

O Elo Perdido e Ultraman
Ultraman

Já na pré-adolescência descobri o gênero policial e assisti a séries como Chips, Magnum, MacGyver, a Super Máquina e Esquadrão classe A, mas permaneci com as séries de comédia como a Gata e o Rato (estreia de Bruce Willis na tv) e o Super Heroi Americano, Algumas dessas séries já antigas compradas pelo SBT.

O Super Herói Americano
Cenas do Seriado

Após um período de fundo do poço em que assisti Barrados no Baile, Melrose Place, Alf o ETeimoso, Lois e Clark - As Aventuras do Superman e ( não me julguem, por favor) Cavaleiros do Zodiáco.

Resolvi parar estava demais, busquei nos livros e no cinema minha cura.

Quando recai? Bem isso fica para o próximo post. Até lá!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O que 2016 me reserva?



Sou de Peixes, e como todo a pisciana que se preze tenho um lado exotérico/místico aflorado.

Não chego a ser aquela louca do incenso, nem aquela que não sai sem ler o horóscopo, mas tenho cá as minhas crenças e minha fé em que exista alguma energia maior.

Dito isso, não por superstição mas simplesmente por uma necessidade de mudança que me acomete nessa época do ano, resolvi deixar a vida me levar.

Não fiz planos antecipados para o fim de ano, como de costume, resolvi ver o que pintava e, se por acaso, não pintasse nada, ficaria de boa em casa num churrasco improvisado, vendo os fogos pela tv e arremataria com um bom filme no Netflix.

Eis que uma semana antes das festas, mais precisamente na véspera de Natal recebemos um convite de um amigo, muito querido, mas também muito ocupado, para passar o Réveillon na casa dele em Copacabana.

Ficamos muito felizes e surpresos com o convite, visto que trata-se de um jornalista renomado e cheio de compromissos.

Tendo aceito o convite, me dei conta de que, já que iria passar aquela noite em uma festa com amigos, precisaria dar uma passadinha no salão.

Deixei para fazê-lo no dia 31 e só no momento que sentei na cadeira do salão decidi por mudar radicalmente o visual, fiz um corte ousado, curto e clareei ainda mais os cabelos.

Ousei também nas unhas, optando por uma cor de esmalte que nunca usara antes e que foi motivo de muita zoação lá em casa, pois quando peguei uma garrafa de coca-cola todos viram que era a cor do rótulo. 

Será que sou tão viciada assim que inconscientemente escolhi o vermelho coca-cola para as unhas, o que vocês acham?



Outra novidade é que ao invés de ir pra cozinha como todos os anos, desta vez encomendei o que ia levar para a ceia, resolvi guardar as energias para a festa.

Da festa na casa do amigo, pouco antes da meia-noite caminhamos com a multidão até a praia e vimos a queima de fogos.

Que energia, que coisa bonita e empolgante!

Tenho uma confissão a fazer, nunca me propus a ir a praia ver os fogos antes, pois achava que as pessoas supervalorizavam o evento, que era muito sacrificante encarar transporte público, ficar no meio da aglomeração para assistir a alguns poucos minutos de um show pirotécnico.

Eu sei que tem os palcos com os shows de artistas famosos, mas isso definitivamente não faz a minha cabeça, além do mais tem o cansaço e a má acomodação, além de tudo faltam banheiros, por mais banheiros químicos que haja, nunca é suficiente.

Tendo alguém que more perto e que proporcione algum conforto e que permita a saída de casa apenas para ver os fogos, aí é outra história. 

Moral da história o que eu quero dizer com isso tudo?

Tirei algumas lições dessa experiência, a primeira e mais óbvia é: não julgue um evento sem antes ter ido pelo menos uma vez, você pode ter uma grata surpresa.

Acima de tudo, o que mais aprendi com esse fim de ano foi a não tentar controlar e programar tanto as coisas, quando nos deixamos levar abrimos espaço para que as coisas boas cheguem até nós.

Também não pensei muito para mudar o visual, dei espaço para a impetuosidade na minha vida.

E assim comecei 2016, fazendo algo pela primeira vez na vida, ousando, arriscando, abrindo espaço para o novo, curtindo o momento...

Vou buscar trazer para o Blog, nesse ano que começa, essa vibração e pretendo inovar, continuar a falar dos meus sentimentos, das minhas nostalgias e visões de mundo,sim, mas também falar de séries, de filmes, restaurantes, lugares pra se visitar, sem a pretensão de ser critica de arte, turismo ou gastronômica, longe de mim tal pretensão, mas partilhando as minhas experiências e sensações com aqueles que estiverem interessados, sem polêmicas.

Feliz 2016!