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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Chamariz de tã-tã

   Eu gostaria de saber por que o @Criador fez a gentileza de me transformar em chamariz de doido?

 
    E não é só de maluco não, de gente chata e sem noção também.

    É incrível! Se eu vou a uma festa, o cara mais chato do pedaço cisma comigo e não me larga mais a noite toda.

    E aquela colega de trabalho que é fútil toda a vida que, quando não está falando de regime e academia, tá falando dos 30 homens que estão afim dela, me adora!

   A chatinha, mulher do meu primo Virgílio, não tem uma reunião de família que ela não pare do meu lado, achando que nós somos as melhores amigas do mundo inteiro, tipo primário, best-friends-forever, e não me soterre com uma conversa super forçação de barra sobre cinema ou teatro (só por que ela sabe que eu gosto), mas que não se sustenta mais que 10 minutos, ou então sobre as muitas viagens dela ao exterior (ela foi algumas vezes a Buenos Aires, isso lá é exterior que se preze?)

   O pior de tudo, meu amigo, minha amiga, que está me honrando com a sua atenção, é que não é só maluco conhecido que me persegue, os desconhecidos também!

   Sabe aquele mendigo de bairro que já é lenda em alguns locais?

   Eu posso estar do outro lado da rua que ele atravessa pra vir me sacanear, grita comigo, cospe em mim, é de doer.

   Quando eu vejo algum no centro da cidade, já me preparo psicologicamente, pois, no mínimo me xingar ele vai.

   Quem viu o filme cilada.com vai entender o que eu vou falar agora (quem não viu veja, é legal), a cena do negão com a empregada quase aconteceu comigo, (a parte do mal entendido, não da nudez) se não fosse uma amiga pra me salvar, nem sei!

   A verdade é que se eu soubesse desse meu talento inato eu tinha estudado medicina e me especializado em psiquiatria, assim quem sabe eu ficava rica!

 Também se não ficasse, aí do primeiro doido que me irritasse, internava logo, começando pela chatinha mulher do Virgílio.

 Brincadeirinha! ( Ou será que não?)

Oh, dúvida cruel!

  


 Todo mundo acha sacal aquele tipo de pessoa que só faz reclamar da vida e nada faz para mudar a situação ou sou só eu?

   Minha inquietação vem aumentando a medida que a minha idade também.

   As reclamações podem ser de todo o tipo, como a mulher que reclama da empregada, mas não manda a dita embora;

 O cara que reclama do patrão, mas não sai do emprego;

O povo que reclama dos políticos, mas não aprende a votar;

As pessoas que reclamam da vida em geral, mas não têm a coragem (optando por uma atitude gentil para com as pessoas que a ouvem e já não aguentam mais) de tomar um vidro de formicida (brincadeirinha!).

   Gente, é lógico que eu não quero que ninguém se suicide, mas isso não dá o direito a esse tipo de pessoa de assassinar os nossos ouvidos e nos fazer querer que nós nos suicidemos!

 Um chá de semancol ia bem!

   Eu conheço um assim, vamos chamá-lo de Timóteo, o indivíduo tem uma unha encravada, daquelas que já está dando bicho, não aguenta calçar um sapato e vive gemendo nos ouvidos da gente, mas pergunta se já foi a um médico, um podólogo, um curandeiro, um Pai de Santo, sei lá...claro que não!

   O prazer é reclamar!

   O meu primo Virgílio, por exemplo, é casado com uma chatinha, todo mundo acha isso dela, mas só o Virgílio é que reclama!
 
    E o detalhe é que nós  a aturamos por causa dele, ou seja, ele resolveria os problemas dele e os nossos se simplesmente se separasse dela, mas ele separa? Não!

    O prazer é reclamar!

   Por isso é que adotei uma nova estratégia para esse tipo de pessoa, quando ela chega pra reclamar eu vou logo dizendo: "Reclama não! Tu gostcha!" se ela tentar retrucar emendo : "se não gostasse já tinha resolvido essa situação, meu pensamento continua igual ao da ultima vez que você veio reclamar comigo, então, poupemos o nosso tempo e vamos falar de outra coisa, ok?"

   Você pode até perder algumas amizades dessa forma, mas as verdadeiras vão até melhorar, pois darão ao individuo a noção de que ele está sendo chato e que você foi amigo suficiente para informá-lo a respeito.

    Não é muita gente que tem coragem para fazer uma coisa dessas, mas pense que você estará fazendo um bem para a sociedade.

    Eu, por exemplo, já salvei algumas vidas com essa nova postura, pois o Timóteo e o Virgílio já estavam prestes a serem estrangulados.

   Por quem? Por euzinha mesma! Não aguentava mais aquela ladainha! No caso do Virgílio ainda seria duplo homicídio, pois eu ia aproveitar e enforcar a chatinha junto.

    Brincadeirinha! (Será?!)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O puritanismo e o cinema.

 

   Fui ver o mais recente filme, o último da saga Harry Potter, e confesso que saí um pouco decepcionada!

 Não com o desfecho em si, mas com os beijinhos quase sem emoção que rolaram entre os casais que, há muito aqueles que acompanharam todos os filmes do bruxinho desejavam ver.


  Tudo bem que o filme é dedicado ao público jovem, mas não mais ao infantil, visto que a classificação etária é 14 anos, por haver cenas de violência e morte.

  É com esse puritanismo Anglo-americano que fico aborrecida, pois a minha filha pode ver sangue e morte a vontade, mas um beijo decente, que realmente empolgue, que passe ao expectador aquela noção de que os personagens não conseguem mais se conter e a emoção toma conta liberando, em fim o beijo, refreado durante pelo menos 3 filmes, não!

   O que ocorre são dois beijinhos sem graça, sem tempero (tenho que confessar que o de Rony e Hermione foi um pouquinho mais emocionante).

 Tudo bem, o rapaz é um ídolo infanto-juvenil, mas eu não estava pedindo que ninguém se rasgasse, nem pulasse para a cama, só um beijo um pouco mais caloroso do que um breve e insosso estalinho, nem abraço teve!
 
   Por isso eclipse fez tanto sucesso, pois deixa o adolescente na expectativa de algo que, quando acontece, realmente empolga, como no caso do beijo de Bella e do Lobisomem.

   Filmes como os da Mille Cyrus, séries como as que passam no canal Disney, são um desserviço ao pais, pois poderiam mostrar relações saudáveis entre adolescentes, como contraponto a tanta porcaria e violência se que vê hoje, até mesmo em desenhos animados.

   Bulling, é só o que se vê em filmes e séries para jovens, feitos normalmente pela indústria americana, as paixões de adolescente normalmente são mostradas de forma platônica e cheia de desencontros que normalmente fazem o protagonista fazer papel de idiota.

   Acho que estou sendo um pouco exigente com o pobre estúdio Disney, eles estão apenas seguindo os passos do seu fundador, um homem que se mostrava reprimido em sua época, (pois dizem as más línguas que teria sido Gay).

    No seu auge, o caro Walt, criou personagens como o Mickey Mouse que enrola a namorada a milênios e nunca se casa, assim como Donald Duck e Margarida, ambos tem sobrinhos, mas suas irmãs ou irmãos e seus cônjuges não aparecem.

   Existe a vovó Donalda, mas o avô, ninguém sabe ninguém viu. Isso sem contar que o Donald tem tio, mas não tem pai, nem mãe e o pateta que agora nos anos 2000 apareceu com um filho, sem mãe, óbvio! O que é que esse cara tinha contra família, meu povo?!

   No cinema não foi muito diferente, o Dumbo era separado da mãe, o bambi, bem sem comentários em relação ao destino trágico da mãe do pobre viadinho.

   Nem o Jack Sparrol, vivido magistralmente por Johnny Depp, beijou ninguém nos 4 filmes da saga Piratas do Caribe, filmado por que estúdio? Adivinha!

   Não me admira, em vista de tudo que foi aqui relatado, que o índice de lares desfeitos e crianças problema, como nos mostram programas como Super Nany, seja lugar comum nos EUA.

   Os adultos de hoje, são as crianças de ontem, que cresceram assistindo desenhos da Disney que não pregavam valores familiares quaisquer.

  Meu aplauso vai para uma produção que caminhou nesse sentido, mas que, ainda assim, pecou por assassinar a mãe do personagem principal nos primeiros minutos de filme, Procurando Nemo.

  Entende-se que era necessário para o enredo,(tá desculpado) finalmente um filme que ensina o amor que só a família pode dar!

   Chorei de emoção! O que no meu caso não é novidade, eu choro por qualquer coisa. Pois, bem fica consignado aqui o meu protesto, por mais beijo e menos violência, por um mundo com crianças mais felizes! Fui...
 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Meia-noite em Paris e meu primo Virgílio

  


   Gente, antes que alguém pense que eu tive uma tórrida noite de amor com um primo chamado Virgílio em Paris, já adianto, para decepção dos que assim pensaram, que Meia-noite em Paris é o mais recente filme do Woody Allen em cartaz, ao qual fui assistir dia desses.

    Nesse caso fica a dúvida, aonde entra o meu primo nessa estória, vou chegar lá. O caso é que após assistir a película em questão dei asas aos meus pensamentos, lembrei que nos idos dos meus vinte anos, Woody Allen ( que já era O CARA) era considerado cult e visto por intelectuais e pseudointelectuais por todo o mundo, pelo menos o ocidental.

   Note-se que, a época a que me refiro ele desfilava em seu curriculum, Tudo o que você gostaria saber sobre sexo mas tinha medo de perguntar; A rosa purpura do Cairo; Noivo neurótico, noiva nervosa; Hannah e suas irmãs e etc.

    Muito bem, retornando, eu, que nunca fui nem pseudo, nem muito menos intelectual (apesar de me achar uma pessoa, sem falsa modéstia e tão pouco pedantismo, de uma significativa inteligência), naquela época achava que Woody Allen era coisa pra pessoas de mais idade. Não vai aqui nenhum preconceito cronológico, mas as pessoas que eu via assistindo eram todas muito mais velhas do que eu, logo fiz uma mera associação.

    Qual não foi, então, a minha surpresa nesse momento ao encontrar no meu baú de memórias essa lembrança, pois agora não so me encontrava assistindo um filme dele, como não era o primeiro, pois há algum tempo também já assistira a Vicky, Cristina, Barcelona e Tudo Pode dar Certo, ou seja, o meu sentimento de outrora estava certo Woody Allen realmente era para pessoas mais velhas, como é agora o meu caso.

    O meu primo Virgílio é mais novo do que eu, mas se enquadra na categoria dos pseudointelectuais, digo pseudo, pois, não que ele não seja inteligente, porque é e bastante, porém tem a arrogância e a presunção que só os pseudointelectuais tem.

   Explico, o verdadeiro intelectual sabe que o é, portanto  limita-se a discutir assuntos profundos dentro do seu meio, pois admite que o cidadão médio não alcançará as sua divagações e, como deseja uma real troca de experiências e de pontos de vista, busca no seu grupo pessoas que possam manter nesse nível a conversa.

    Já o nosso pseudo não, ele gosta de falar difícil e de desfilar um sem fim de teorias para plateias leigas, que, em sua mente, ficarão embevecidas com a sua erudição, porém se, em meio a esse grupo encontrar um interluctor a altura, logo se percebe que o seu discurso nada mais é do que uma mera reprodução dos comentários feitos por críticos de arte ou dos textos constantes das orelhas dos livros de filosofia.

   Woody Allen me reportou a esse meu parente, pois foi o cerne da questão que me ajudou a perceber, há alguns anos atrás, essa tão peculiar característica (o pseudointelectualismo), presente na personalidade do primo já em tenra idade.

    O caso foi o seguinte, aos vinte e poucos anos, Virgílio arranjara uma namorada e parecia que estava bastante envolvido. Certa feita nos encontramos e qual não foi a minha surpresa ao saber que o namoro chegara ao fim, ao questioná-lo pelo motivo de tão súbito rompimento eis que o gajo me responde: " Ela não sabia quem era Woody Allen".

    Hoje estou eu aqui sentada em frente ao meu PC, lembrando do namoro infeliz do meu primo e do filme que acabei de assistir e de como me decepcionei com ele.

 Achei tão água com açúcar esse Meia-noite em Paris que, se o Virgílio vier a assisti-lo, creio que ficará com um gosto amargo na boca, lembrando da namorada perdida.

 Será que valeu a pena Virgílio, será?