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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Água e Pedra




Liquido e sólido, dois estados da matéria.

O primeiro pode ser transformado no segundo, mas o segundo jamais no primeiro.

Exceto pela pedra metálica, essa pode ser derretida, mas não sem esforço, para tal, é necessário calor intenso e cuidado maior ainda, mas logo que esfria, sólido novamente fica.

Na natureza é possível encontrar a água em todos os seus estados físicos, não a pedra.

Essa é apenas sólida, a dureza a rigidez é a sua personalidade. É verdade que ela pode ser moldada, mas não sem esforço, não sem perdas.

Pelas mãos do homem o molde pode sair rápido ou lento, depende de quem a manuseia e da sua intenção. Se é pra fazer uma casa, com uma máquina, faz-se depressa, se é para fazer arte, tempo se leva.


Já na natureza, milhares de anos se levam para esculpir a arte na pedra. Nesse caso o artista são os elementos e a água é um deles. Grande força essa que imprime a sua marca ao longo dos anos e gasta, racha, quebra, esculpe.

Acontece que ao contrário da pedra estática, a água tem sua volúpia e em seus arroubos apaixonados, invade, destrói e mata.

A água não tem limites, não há força capaz de detê-la, não há pedra capaz de segurá-la quando à vontade de Netuno se faz presente.

Ela não vê vontade, necessidade, tão pouco limite, o que quer ela conquista e quando se encontra saciada retorna ao seio da terra, tal como um vulcão adormecido.

A pedra que constrói a casa, soterra o homem;
A água que aplaca a sua sede, o afoga;
A pedra que é bela nas mãos do artista, é arma nas mãos do bandido;
A água que é vida nas plantações, é morte nas inundações.

Mas, uma coisa apenas ainda me faz pensar...

A água gasta a pedra, pode até destruí-la com o tempo, mas o que pode a pedra contra a água a não ser fazer ondas em sua superfície?