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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Natal época de reflexão...




Naquela correria de fim de ano, no caso desse ano de fim de mundo (kkkk), poucos param para refletir nas mensagens implícitas do Natal.

Religiões a parte, quando Roma decidiu, por questões políticas, reconhecer oficialmente a existência de uma igreja cristã, nomeou-a Igreja Católica apostólica Romana, vejam bem Romana, não Judaica, não Cristã, não Palestina, não Israelense, Romana! Era o velho e bom se não pode vencê-los junte-se a eles, domine a fé do seu oponente e o dominará também.

Bem, quando essa decisão foi tomada, foi reunido um conselho em Roma presidido pelo então imperador Constantino, para serem definidos os dogmas desse novo culto e a organização desta nova igreja, rompendo com séculos de cultura politeísta e implementando um novo culto a uma divindade única que era ao mesmo tempo três (será que o politeísmo acabou mesmo), além de tudo foram incluídos os santos, divindades de um baixo escalão, seguido de arcanjos, anjos, querubins, serafins e assim vai (e o politeísmo, heim?)


Dentre esses dogmas o mais bem estudado foi o do Natal, adorador do deus sol (Apolo) que tinha suas comemorações realizadas no dia 25 de dezembro, Constantino promoveu uma espécie de sincretismo religioso e estipulou tal dia para o pretenso nascimento de Jesus, justificando e mantendo assim as comemorações do dia 25. Maiores informações podem ser colhidas no Discovery Channel e também gostei muito do site http://ceticismo.net/religiao/a-verdadeira-historia-do-natal/.

A questão da troca de presentes é baseada na fábula dos três Reis Magos, que presentearam o menino Deus, com ouro, incenso e mirra, a árvore vem de uma tradição pagã germânica, o famoso Papai Noel baseia-se segundo estudiosos na história de um Bispo da região da Turquia de nome Nicolau, que costumava ajudar as pessoas pobres deixando saquinhos de moedas perto das chaminés das casas.


O que quase não é dito nessa época do ano é que o real espírito natalino é o de renovação, renascimento, a boa nova que a lenda do nascimento de cristo a todo ano revive. Para o povo de Israel o nascimento daquele bebê simbolizou a esperança de uma vida nova, de uma nova era, pelo menos para aqueles que acreditaram e se converteram.

É com esse espírito, meus amigos aqui do blog, sendo vocês religiosos ou não, de renovação das nossa esperanças no futuro, de busca pela felicidade e de reflexão a respeito da nossa vida e dos nossos valores para fazer desse mundo um lugar melhor de se viver...que eu desejo a vocês um Feliz Natal!!!

Um beijo da sua amiga Brizillda!
 




quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Como é difícil ser invisível...




 
Já há algum tempo, na maior parte dos meus dias de trabalho, não tenho companhia para almoçar.

Esse fato às vezes me trás benefícios, pois prefiro comer só a comer ouvindo abobrinhas, (almoçar com aquela colega que se acha o último biscoito do pacote é um saco).

Tais momentos me permitem refletir sobre o meu dia, sobre os meus projetos para o futuro (nem que seja sobre o que vou fazer para o jantar) ou ainda depurar o estresse do trabalho, ou do trânsito.

Acontece que sempre existe aquele dia em que você vai almoçar só e bate aquela tristeza existencial, aquela impressão de que somos invisíveis, pois quietos no nosso canto do restaurante observamos a interação dos grupos, as conversas, os risos e agente ali, sozinho...


Já reparei que até o garçom demora mais tempo para vir nos atender, talvez pensando que estamos aguardando alguém chegar, mas muitas vezes acho que ele está é constrangido.

Sabe, aquele constrangimento solidário que sentimos quando vemos alguém passando vergonha, pois é acho que eles sentem isso em relação ao solitário a mesa.

Vez ou outra reparo um olhar furtivo de pena, vindo das outras mesas, como se eu tivesse levado um bolo no meu acompanhante imaginário, é muito interessante perceber esse tipo de coisa e ser capaz comer, beber, pagar minha conta e sair de cabeça erguida como quem diz: “não preciso de acompanhante, eu me basto!”

Acho que muitas pessoas preferem levar sua própria refeição de casa, por não aguentarem essa pressão social dos olhares por trás dos cardápios.

Eu mesma já estive do outro lado da situação, estava com minha família em uma churrascaria rodízio e ao nosso lado havia um homem comendo só. Ele parecia muito satisfeito, desencanado com a situação, mas mesmo assim achei triste, era um domingo e pensei que não era um dia legal para se comer sozinho.

 Vai ver a mulher dele era vegetariana e deu passe livre para que ele fosse a um rodízio e o cara estava se esfalfando feliz da vida, sei lá, a verdade é que eu não tinha motivo nenhum para sentir pena dele e mesmo assim senti, pois socialmente não somos criados para estarmos sós.

Quando entrei para faculdade uma das primeiras frases que ouvi foi: “ o ser humano é um ser social, se desenvolve a partir da sociedade e para ela”.

Será? Vou ficar mais algum tempo invisível pelos restaurantes da vida e tentar descobrir...

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Transmimento de Pensação...vixe faiô!



   Muito podem achar que é bobagem, crendice, ingenuidade, mas a verdade é que eu acredito em intuição, telepatia, empatia ou seja lá como queiram chamar a habilidade que alguns de nós temos de "sentir" quando pessoas queridas estão sofrendo ou precisando de nós.

   Sempre me vangloriei de ser uma dessas pessoas, algum tipo de sensitiva, pode parecer coincidência mas todas as vezes que alguém morreu na minha família eu não conseguia dormir na noite que antecedia o incidente.

   Quando começava a pensar muito em alguma amiga que não via há tempos e resolvia ligar, parecia que tinha adivinhado, a minha ligação sempre vinha em um momento em que ela estava precisando. Lógico que esse meu "super-poder" pode falhar, até o Super-Homem tem a sua criptonita e a minha são os meus próprios problemas. Quando estou envolvida demais em tarefas exaustivas ou com muitos problemas pessoais, essa habilidade fica prejudicada.


   Tenho um amigo, Michel, que mora no exterior, mas apesar disso nos falamos com frequência. Há algum tempo, nos ajudamos mutuamente em alguns momentos difíceis de nossas vidas e esse tipo de coisa estreita os laços. 

   Acontece, porém, que estou vivendo um daqueles períodos criptonita, trabalhando, organizando obra em casa e os estresses que a mesma provoca. Acabei por negligenciar meu amigo e fiquei sumida dos nossos colóquios via skipe por algumas semanas.

   Quando a poeira, real da obra e metafórica da minha psiquê, abaixou algo ligou o meu sensor aranha (uai, mas não era Supe-Homem!) e comecei a pensar bastante nele, mas aí já era tarde demais para me antecipar  e procurá-lo, no dia seguinte ele me mandou um e-mail, assim como quem não quer nada, parecendo apenas querer notícias.

   Subestimei meu super-poder e, talvez por estar muito atarefada, me sugestionei que ele estava bem, respondi ao e-mail dando notícias e me desculpando pelo sumiço, mas não acenei com a possibilidade de conversarmos.

   Mais uma vez a criptonita me derrubou, o meu sensor aranha não estava com defeito, eu estava. Michel me respondeu ao segundo e-mail, desta vez num desabafo, falando das suas aflições e isso me deixou com gosto de cabo de guarda-chuva na boca. Estava sendo uma péssima amiga, fui egoísta, só pensei em mim, na minha casa nova, na minha obra, no meu trabalho e esqueci que Michel está sozinho, desempregado em uma terra distante.

   Sei que ele está lá por opção, por preferência, mas sei também que a solidão está sendo vivida a dois e isso é muito pesado, até para um cara forte e acostumado com as pancadas da vida como ele. Tentei ajudar da melhor maneira que pude, quebrei algumas promessas que tinha feito a mim mesma de não opinar na vida alheia, mas aquele era um caso especial, eu falhara com meu amigo.

   Michel, estou me sentindo tão culpada de não ter percebido a sua tristeza nas entrelinhas da primeira mensagem, de ter deixado você órfão assim tanto tempo, não se acanhe nem se envergonhe jamais de ter me chamado a minha responsabilidade de  amiga.

   Espero que de alguma forma, mesmo atrasada, mesmo com as nossas divergências de opiniões, eu tenha podido de alguma forma aliviar sua angústia e o ajudado a enxergar uma solução para a sua aflição. Fique bem e um beijo no coração.