Se existe algo em que eu acho que acertei, ou que venho acertando na minha vida, é na criação da minha filha. Do ponto de vista feminino, é com a mãe que a filha se identifica, é o nosso modelo que ela vai levar para o resto da sua trajetória enquanto ser humano.
Há muitos anos, quando elaborei a minha monografia, baseei todo o meu trabalho justamente sobre esse assunto. No livro , A Insustentável Leveza do Ser, do grande autor Millan Kundera, uma de suas personágens femininas principais vivia a sombra da imagem da mãe e o espelho era o seu maior algóz.
Tenho orgulho de ver que minha filha se olha no espelho e não se sente ameaçada pela minha figura, que eu não sou uma mãe superlativa. Emociona-me perceber que ela em muito já me supera, sem perder o amor e o respeito que tem por mim, percebendo que a contribuição mais valiosa que eu posso dar a ela é a minha experiência e não meu conhecimento, pois o conhecimento é volátil e a experiência é perene.
Dizem que temos que deixar nossa marca no mundo, plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Digo a vocês que a arvore pode ser que eu nunca plante, que o livro nunca passe de blog, mas, com certeza a minha filha é o meu best seller!
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