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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A Jardinagem do Bem Querer



   Certa vez, um amigo com problemas conjugais abriu seu coração comigo, disse-me ele:

   “Vocês, pra mim, são um modelo, quando penso num relacionamento que deu e vem dando certo, eu penso em vocês...”

   Pensei por alguns segundos e respondi:

   “Meu querido, fico lisonjeada com a sua observação e agradeço, mas digo a você uma coisa, acho que se nós tivermos que ser modelo de alguma coisa pra você, que sejamos um modelo de esforço, pois se o nosso relacionamento vem dando certo é muito mais por nos esforçarmos nesse sentido do que por qualquer outra coisa.”

   Lembrando dessa conversa outro dia, pensei, que o relacionamento é como uma planta, o amor é a semente, plantada em solo fértil, ou seja, nos corações das pessoas que estão apaixonadas brotará.

   A questão é que isso só não basta, é necessário que de tempos em tempos se adube a terra, isto é, que se renove o amor, que haja um reapaixonamento, pois as pessoas evoluem, mudam, não são as mesmas do início.
 
   Então é necessário estar sempre se apaixonando novamente por esse novo alguém que está ao nosso lado. Isso é revolver a terra, adubá-la.


   É necessário também colocar a planta para receber os melhores raios solares e protegê-la dos mais fortes, pois estes últimos podem queimá-las.

    Com o relacionamento é preciso dar o que de melhor nós temos, protegendo-o da nossa mesquinhez e do nosso egoísmo.

   Também é importante abrigar a planta das grandes tempestades, pois a água em excesso pode levar todos os nutrientes da terra e os fortes ventos podem destruir ou quebrar os seus galhos e rasgar suas folhas.

    Tal como o relacionamento que precisa estar abrigado do nosso excesso de exigência e insegurança, isso desgasta a relação e também da nossa fúria, do ciúme, da traição, da ausência de perdão, que o quebram e destroem.

   Mas, alem de precisar ser plantada e cuidada, a planta também precisa ser podada.

   Através da poda retiramos os galhos e folhas secas, retiramos ervas daninhas, cortamos galhos que crescem tortos comprometendo a beleza da planta e o mais importante de tudo, fortalecemos seu tronco para que cresça com cada vez mais força.


   Assim também o é com a relação, para que funcione não basta que duas pessoas se amem, fiquem juntas, protejam e alimentem esse amor.

   Não podemos nos esquecer que cada pessoa é um indivíduo singular e, assim sendo, traz para a relação suas idiossincrasias.

    Um casal não é apenas a justaposição de pessoas é uma combinação de almas, portanto para que haja uma plena adaptação é necessário podar as arestas, abandonar os vícios, para que assim possamos fortalecer os laços.

   Hoje, as pessoas têm a ideia equivocada de que ceder significa perder, pelo contrário, ceder significa ganhar espaço dentro da dinâmica do amor. Passamos a nos permitir viver e experienciar coisas que, muitas vezes, não teríamos como sozinhas. 

   Com a desculpa de preservar a sua individualidade o mundo vai ficando repleto de pessoas tristes e disfuncionais.

   Árvores feias, sem poda, que saem quebrando as calçadas e os muros das relações, pois não têm limites e um dia vão apodrecer e cair, e o mais triste é que muitas vezes em cima de algo ou de alguém.


Um comentário:

  1. Pris, olá
    Lí todos os posts..Especialmente este..
    Concordo contigo.
    Um relacionamento não é´estático, não se para o movimento de uma planta.E é neste crescimento que o amor evolui.
    bjo
    Maria da Penha Bogéa
    ps.Meninaaa continua com o blog...os textos ótimos
    sem serem "construídos"..expontâneos

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