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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Passado, Presente e Futuro


   Sempre fui de opinião que não devemos tentar curar as nossas frustrações através de nossos filhos. Aquilo que eu vivi, vivi, o que não vivi fica pra próxima.

   Não sou daquelas que acham que o meu filho TEM QUE ter tudo aquilo que eu não tive. Acho que devo fazer o meu melhor, dar todo o meu amor, toda a minha atenção, o meu esforço em proporcionar todas as condições para que seja um adulto equilibrado e tenha um futuro promissor.


   Quem me garante que entulhando a criança de bens materiais, de coisas que ela nem precisa e as vezes nem quer, só para satisfazer a minha frustração, ela vá ser mais feliz? Muitas vezes nem vai valorizar aquilo, porque aquilo que vem fácil nós não damos valor mesmo.

   Quantas vezes já ouvimos essas histórias de pais que dizem: “nossa quando eu era criança era louca por tal brinquedo e nunca consegui ter, meu filho tem e nem liga”. A inteligência rara não percebe que ela queria, o filho provavelmente não, são pessoas diferentes com demandas diferentes.

   Tenho orgulho de proporcionar a minha Babi aquilo que ela deseja. Na medida do meu possível, ela está tendo oportunidades que eu nunca tive mas não por imposição minha, dentro do que ela gosta, do que ela deseja. Talvez por isso eu me admire pela forma como ela sorve, aproveita, cada minuto, porque aquilo é da ordem do desejo dela.

   Adora música e tudo aquilo que se relaciona com ela, quis aula de violão, paguei até onde pude, agora ela se vira lá com as cifras. Pediu guitarra, nos apertamos um pouquinho e demos aquela que estava dentro das nossas posses, mas que ela amou mesmo não sendo a mais cara, porque ela se esforçou pra conseguir não foi de mão beijada, teve que mostrar que merecia. Eu? Eu queria ser bailarina.


   É fã de carteirinha daquela banda cover de Beatles, está com as notas boas, cumpriu suas tarefas? Se sim não vou deixar ir por quê? Não vou levar por quê? Pelo bel prazer de frustrar? Isso é amor?
Isso ensina o que? Se não posso não levo, seja porque não tenho dinheiro ou porque o lugar não é apropriado para a idade dela. Não vou ensinar que pode tudo, quando pode, pode, quando não pode paciência, haverá outra ocasião.

   Tem gente que acha que eu sou ruim por agir assim, pra essas pessoas só digo que a minha filha vai ser um adulto que sabe dar valor ao dinheiro, ao trabalho como meio de conquistar os seus objetivos e vai saber lidar com as frustrações que muitas vezes a vida impõe. Se ensinar isso tudo a ela faz de mim uma mãe má, então aceito o rótulo com muita honra. Quanto aos filhos dessas pessoas, o tempo dirá.


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